Sinto que os dias frios de inverno se aproximam,
trazendo um alento inconparável para meu ser.
Sinto que em breve alguma esperança surgirá
em alguma esquina qualquer de minha vida.
Mas tudo parece tão indefinido...
Eu sei que o inverno passa e que antes dele as folhas
se desprendem de seus lares, talvez o vento as leve
para conhecer o mundo.
Talvez encontrem em uma brisa gelada, sua liberdade.
Quando meu hálito se tornar névoa
e minhas mãos abrigarem o gelo dos dias,
então saberei que é minha hora.
A hora em que assim como as folhas,
eu encontrarei minha liberdade.
Muito além de um fogo para aquecer minha alma,
o que eu preciso é da quietude das ruas,
do tempo para refletir, da paz que a neblina traz,
da luz ofuscada por seu manto...
Quando os primeiros sopros do vento gélido,
ressoarem pelas ruas, eu despertarei de meu lamento
e alcançarei minha capacidade de voar,
mas não como os pássaros que migram para o sul
eu pelo contrário, seguirei para o norte.
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