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sábado, 23 de novembro de 2013

MADRUGADA

No meio da noite
Ouvindo os acordes
Lembrando os recortes
Que um dia vivi

E celebrando
Sob a luz da praça
Até acho graça
Da escuridão 

E mesmo o relógio
Não oferece perigo
Pois eu nem tenho abrigo 
Para a solidão

E assim continua
De um canto para outro
Espanto o pranto
O som do meu coração.



domingo, 17 de novembro de 2013

E quando me perguntarem eu direi com um sorriso nos lábios que sim, que eu abriria mão de tudo, de todos e de todas as coisas com as quais um dia me importei, pois mais importante que minha vida são meus sonhos, são tudo o que possuo para chamar de meu, tudo é passageiro, exceto a vontade que inunda minha mente...

Vai saber se vale a pena, vai saber se tudo não foi em vão, mas com a certeza de quem um dia chegou nesse mundo também sem a certeza de que valeria a pena e eu lhe digo: Eu irei, eu tentarei, eu me arriscarei, e se o destino final não surpreender, ao menos eu terei boas lembranças da jornada.





O mundo todo, colorido por texturas, por um invisível manto de cores e sons, que atingem em segredo nossos ouvidos, que preenchem os olhos com tamanha imensidão, de tal maneira que o horizonte não é nada se comparado à nossos sentidos.

Uma linha retilínea nas montanhas encobertas por nuvens densas que ao anoitecer, que caladas seguem seu destino, assim como sigo o meu, cada momento, cada lágrima, cada olhar perdido, um singelo sorriso e meu coração voltará a bater novamente.

Quem diria que chegaríamos tão longe em meio ao caos que cresce no nosso mundo particular, eu sempre soube que me arriscaria por um desejo, uma fagulha que me fez incendiar para então ser banhada pelo orvalho que banhava a noite, tão silenciosa, tão clara...

E eu senti que tocava o céu ao pegar em sua mão, mas como um anjo que caiu em nosso mundo eu não tenho mais um porto seguro em que possa confiar, sei que  além daquela linha, depois do oceano a vida me espera, de braços abertos, me chamando para meu verdadeiro lar.



Eu queria uma bicicleta, daquelas com cestinhas para levar meus livros comigo e desbravar cada canto da cidade, e num dia de sol sentir aquela brisa e saber que estou viva. Seria bom, agradável, talvez eu ouvisse uma vez ou outra alguma buzina, mas eu não me importaria, estaria em outra sintonia, em que carros seriam apenas parte do cenário...

domingo, 17 de março de 2013

É  uma questão de escolha, eu escolhi viver assim, não me culpo, não tive exemplos ou frases de apoio, sobrevivi apenas comigo e me tornei o que sou hoje...
Ninguém reparou na escultura parada no meio fio, ninguém prestou atenção na sacada coberta por flores, é como se os olhos apenas olhassem, sem que realmente percebessem qualquer sentimento, qualquer emoção.
E os amores que já estão apagados de sua vida, e as fotografias perdidas, as promessas que nunca se cumprirão...É uma espécie de escafandro, que nos enclausura em nossas mentes, e os milagres já parecem normais, como se a forma, o tempo e espaço dominassem muito mais do que a surpresa dos atos.
Será que o medo é o que realmente nos impede, será que ultrapassamos a última barreira, ou desistimos de nós mesmos?
Cada palavra que transmiti, foi esquecida, levada pelo vento, como um suspiro que se perdeu pelos cantos, cada momento que me faz relembrar aqueles tempos, é como um espinho que ainda perfura meu peito, com a mesma intensidade, da mesma forma.
E se eu me aventurasse por aí, sem regras, sem controle, sem seguir um único caminho. E se eu escolhesse não acordar ao amanhecer, se decidisse me abrigar em meus sonhos, alguém lembraria de desligar o despertador? Sei que cada dia é uma nova página, nenhuma delas chega ao fim do dia em branco...

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Era uma noite escura, um vento chegava suave, brincando com meus cabelos, trazia lembranças que pareciam não me pertencer, tais lembranças faziam meus olhos lacrimejarem...
Estava em silêncio, procurando em mim mesma um novo caminho, mas eu estava cansada de trilhar tantos caminhos, no final eu retorno para o mesmo lugar.
Mesmo me conhecendo melhor que ninguém, senti que necessitava de um alento, já que por dentro eu tentava desesperadamente me encaixar, mas esse quebra-cabeça estava com muitas peças faltando, e tantas outras se desprendendo.
Suspirei fundo, me encolhi em mim mesma e ao fechar os olhas, alguém dentro de mim me sorrir e sibilou: "eu confio em você". Nesse momento senti que o mundo era meu, que o além nunca existiria para mim, pois eu era a força que precisava, não, eu não estava sozinha, eu tinha a mim mesma e isso bastava.
Sacudi a cabeça e retornei ao meu estado habitual, de minha maneira talvez nem tão correta, mas verdadeira...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Abri meus olhos, e me perguntei o motivo pelo qual me sentia tão exausta, não, não era por ter adormecido  ao amanhecer, tinha alguma coisa, cada batida de meu coração, era uma agulhada, que me fazia estremecer.
Foi quando lembrei...quisera eu não ter lembrado, todo o turbilhão se voltou contra mim novamente, e eu senti o peso das palavras, e como eram carregadas aquelas palavras, e como eram frias como mármore...
Fechei novamente os olhos, e seguidamente já os abri, e tive a confirmação, não foi um pesadelo, quem dera tivesse sido, então levantei e fui encarar a vida, ela me olhava de espreita e balançou a cabeça negativamente, eu pensei: "sinto muito", mas agora já não fazia mais diferença, seria mais uma cicatriz marcada em mim, como se eu já não tivesse cicatrizes o suficiente, vai ver eu queria todas para mim...eu sou tão egoísta, pensei, nisso a vida sussurrou: "você é apenas humana"...


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Passei tanto tempo sem escrever, até escrevo, porém meus versos não se contentam em apenas ficarem depositados em um pedaço de papel, mas volto a escrever, porque a gente não pode desistir nunca...

Meu verbo 

Recompor-se, sair na espreita da noite sem que as estrelas percebam sua presença...
Encontrar-se, em um caminho de muitas rotas que nos levam para destinos incertos.

Alimentar-se, não só do que é essencial, mas do que lhe faz transbordar...
Calar-se, embora saiba que as verdades ocultas surgirão em breve.

Permitir-se, sonhar com o improvável, ainda que pareça tolice...
Mostrar-se, ainda que não seja o melhor de sim mesmo o que tem a oferecer.

Sentir-se, mesmo que seu próprio toque lhe cause estranheza...
Libertar-se, de tudo o que lhe acorrenta a uma vida de perdas.