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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Horizonte

O mar ao longe se encontra nas rochas
e o vento sopra como música
anunciando a tempestade,
criando sombras,fabricando ilusões.

E a donzela corre
pelos campos infinitos da vida
enquanto raios cortam o céu,
ela dança descalça,
com a chuva lavando sua alma,
e o vento lhe conduzindo.

As folhas do salgueiro desprendem-se,
e voam conforme o embalo dos dias
repousando no solo
esperando que a brisa os leve a outros continentes.

A donzela segue sozinha,na tempestade,
o abismo está próximo
e a relva molhada sob seus pés,
serve de tapete para o fim.
Tão perdida ela está
que seu caminho é o horizonte.

O salvador chegará,em seu formoso cavalo
e lhe estenderá a mão,
ela irá de bom grado pois nada mais teme.
O anjo de luz descerá de sua sacada,
trazendo a flor de ouro
e o segredos da dádivas concedidas,
aos puros de coração.

A donzela e o cavaleiro
duas almas unidas por grilhões de luz,
dois corações em um só,
guardados pela chave de prata
formada por lâminas intocáveis.

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